Pulseiras do sexo
Pulseiras coloridas com significados sexuais viram moda na região
Nany Fadil
Agência BOM DIA
Uma moda que ganhou os pulsos da meninada pode acabar em problemas. As “ingênuas” pulseirinhas coloridas que se vêem por todos os lados são, na verdade, “pulseiras do sexo”.
Cada cor tem um significado (veja arte ao final da matéria). Vai de um simples abraço até fazer sexo. A moda nasceu na Inglaterra e chegou ao Brasil no ano passado. Virou epidemia em Rio Preto neste ano. Elas podem ser encontradas em camelôs e lojas de bijuterias.
Desde crianças até adultos usam. Muitos sabem o significado, mas outros desconhecem o jogo. Funciona assim: se um rapaz quebrar a pulseira que estiver no braço de uma garota ela deve fazer com ele o que está implícito na cor da pulseira.
Há relatos, em São Paulo, de garotas que se negaram a praticar sexo e foram agredidas fisicamente. Nenhuma agressão nesse sentido foi registrada até agora na Delegacia da Mulher de Rio Preto.
Desconhecimento
Na semana passada a faxineira Carmem Rincão, 32 anos, comprou um conjunto de pulseirinhas pretas para a filha, Gabriele, 12. Foi a garota quem pediu à mãe, inclusive indicando a cor.
Preta significa fazer sexo com o rapaz que conseguir arrebentar a pulseira.
“Eu não sabia de nada. Não imaginava que elas têm esse significado. Acho que minha filha também não sabe.”
Carmem disse ainda que iria destruir todas as pulseiras da filha e proibir ela de usar novamente.
Assim como Carmem, muitos outros pais desconhecem que esse adereço tão barato e com carinha de adolescente é um jogo sexual nascido em Londres.
Fim da brincadeira
Assim que soube da “proposta” que traz as pulseiras, a estudante Jaqueline Mancine, 14, tirou todas as que tinha do braço.
“Eram umas 70, de várias cores. Eu gostava muito. Trocava com minhas colegas na escola, mas, ao saber o significado, arranquei tudo e avisei para as minhas amigas também.”
Nem aí
T.C.M.B., 15, usa uma pulseira preta e outra roxa. Sabe do jogo, mas diz que não se preocupa porque ela usa como acessório e não para provocar ninguém.
“Eu não estou nem aí. Gosto das minhas pulseiras e não vou deixar de usar. Se alguém chegar em mim e quiser quebrar vou dizer que não participo do jogo. É um direito que eu tenho”, diz.
Segundo ela, algumas amigas tiraram do pulso quando souberam o que representa a pulseira. Outras usam como ela, sem qualquer intenção, e outras mantêm nos braços por pura provocação. “Tem as que usam e que querem mais é que os caras quebrem mesmo.”
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