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Canteiros
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Quando penso em você
Fecho os olhos de saudades
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
ﮨﯝﮨჱ
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
ﮨﯝﮨჱ
Pode ser até amanhã
Cedo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem
Me faz sentir alegria
ﮨﯝﮨჱ
Eu só queria ter no mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
ﮨﯝﮨჱ
E eu ainda sou tão moço pra
tanta tristeza..
Eu só queria ter no mato
Um gosto de framboesa
ﮨﯝﮨჱ
(Cecília Meireles)
ﮨﯝﮨჱ
As palavras voam
Alheias e nossas as palavras voam.
Bando de borboletas multicores,as palavras voam.
Bando azul de andorinhas,bando de gaivotas brancas,
as palavras voam.
Voam as palavras como águias imensas.
Como escuros morcegos como negros abutres,
as palavras voam.
Oh! Alto e baixo,em círculos e retas,
acima de nós, em redor de nós
as palavras voam.
E às vezes pousam.
(Cecília de Meireles)