Sou o tipo de pessoa que vê beleza nas coisas mais simples e felicidade nas coisas mais bobas.
Quando a pessoa consegue valorizar o que existe, ela se foca no presente. Este é um dos grandes segredos da satisfação e da simplicidade. Portanto, não desperdice sua vida correndo atrás de ilusões e desprezando o que é real.
Esta é a principal habilidade das crianças. Jesus Cristo nos convidou a voltarmos a ser criança para agirmos com simplicidade e racionalidade; afinal somente os insensatos abandonam o real para se apegarem às ilusões.
A mente focada nos desejos, no que não existe ou no complicado, se desgasta e fica sem energia. O corpo cansa e precisa sempre de novas ilusões/desejos para se motivar. Este é o motivo pelo qual as pessoas de mente reativa sempre reclamam de cansaço, falta de energia e de tempo.
Os benefícios da vida focada no presente vão além da racionalidade e da satisfação. O corpo, incluindo a mente, são continuamente recarregados energeticamente. O usufruto do que é real nos coloca em uma posição privilegiada para receber, absorver e emanar a energia do ambiente; esta troca constante é fundamental para a vitalidade do corpo.
Aproveitar o que existe, focar no presente, também permite que o corpo funcione de forma mais eficiente. Explico: o corpo deve oscilar entre momentos de descanso e momentos de atividade. O corpo cuja mente está focada no presente descansa durante vários momentos ao longo do dia. O resultado é mais bem estar e mais eficiência.
As “coisas mais bobas” só são consideradas bobas por aquelas pessoas que estão presas em fantasias grandiosas e desperdiçam a própria vida. Eles não querem ser bobos, por isto desprezam a realidade, desprezam a própria vida para se acharem espertos. Eu digo: é muito mais difícil alguém ser feliz desprezando a própria vida. E o pior: ainda se acham espertos ao escolherem o caminho mais difícil.
As “coisas bobas” são um presente de Deus, valorizá-las é fundamental. Elas abundam em nossa vida; é só prestar atenção e ter boa vontade para usufruir. Vivendo intensamente o que existe, produziremos com paz, eficiência e suavidade aquilo que os desperdiçadores chamam de “coisas especiais”.