Quando um ser humano aceita o plano de salvação oferecido por Deus, ou seja, quando alguém aceita a Jesus como o seu Salvador, ele está de fato escolhendo a única forma de se libertar das trevas em que se encontra e poder assim estar de novo em comunhão com a luz tal qual Adão e Eva estavam antes da queda (Jo 8:12). No ato do indivíduo aceitar a Cristo ele é revertido com o poder do Espírito Santo para que agora tenha a capacidade de recusar as trevas e viver na luz. É importante entender o que eu acabei de dizer. O Espírito Santo não força o homem a escolher a luz, mas sim expõe o pecador à luz: “E quando ele [O Espírito Santo] vier, exporá [grego: ἐλέγχω (elencō) mostrar o erro, alertar quanto ao erro] o mundo do seus pecados, da retidão e do juízo [grego: κρίσις (krisis) decisão judicial de liberdade ou punição, dependendo da escolha do pecador]” (Jo 16:8). Sem o Espírito Santo, nenhum ser humano consegue se libertar das trevas, aliás, ele nem tem esse desejo pois nunca viu a luz e está totalmente ambientado e conformado com a sua circunstância. O Espírito Santo convence a ele da sua situação e só então este indivíduo, vendo a luz, decide se quer ou não permanecer nas trevas: “Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (Jo 12:46).
Todos nós sabemos de criaturas marítimas que vivem no fundo do oceano em completa escuridão. Estes peixes, e outras criaturas do mar, nunca viram nenhuma luz, não demonstram qualquer interesse em subir mais para a superfície onde poderão ter um pouco de claridade. Aliás, segundo entendo, eles fogem quando uma luz se aproxima pois é algo completamente estranho e ofensivo para eles. Assim é com todo aquele que rejeitou a luz e pertence a este mundo. Quando nos aproximamos dessas pessoas com a mensagem da salvação, elas correm e muitas vezes se sentem ofendidas e agem com agressividade com o mensageiro. O que quero dizer com tudo isso é que aqueles que vivem na luz pertencem à luz, mas aqueles que vivem nas trevas pertencem às trevas: “Que comunhão tem a luz com as trevas?” (2Co 6:14). Nenhuma comunhão.
Quando alguém diz que é um servo de Deus, mas, ao mesmo tempo, participa das coisas que pertencem às trevas então ele está enganando a si mesmo, pois as trevas e a luz não se relacionam. Foi isso o que João nos escreveu: “Se dissermos que temos comunhão com ele [Deus], e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade” (1Jo 1:6).
“Não praticamos a verdade”, ou seja, sabemos o que deve ser feito e entendemos o que está em jogo, mas a verdade existe apenas a nível do intelecto e não resulta em um abandono daquilo que pertence às trevas, portanto a nossa afirmação de que somos servos de Deus é uma mentira.
Extraído de..: Estudo Bíblico Completo Sobre A Oração – Série: 12 Verdades Que Precisamos Saber Sobre A Oração - {Semeadores da Palavra - Estudos Bíblicos - markusdasilva.org}https://youtu.be/oXwVjJ5XjQU