S@pphire
Santa Catarina
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Evolua tanto que os outros precisarão conhecer você de novo.
Último juego
Das coisas que não aprendi nos livros e das coisas que o ano de 2013 ensinou-me:
Aprendi, e o espelho não mente, que o tempo realmente passa, envelhece mesmo que não se queira e que o mais importante é o que se carrega por dentro. Inevitavelmente, se estivermos vivos, envelhecer é fato, entristecer é opção!
Aprendi, sentindo, que amor exige atenção, um olhar detalhado, afago na alma...Que as palavras, no amor, perdem o sentido. Os gestos, as atitudes são os alimentos deste sentimento que traduz o sentido de viver.
Aprendi, nos dias mais comuns, que mesmo quando tudo está revirado ao avesso é preciso acender a luz do otimismo e das pequenas esperanças, pois sempre existe outro dia diferente do hoje. É melhor, se puder acreditar assim...
Aprendi, com algumas dores, que apesar de tudo, muitos não me aceitarão como sou. Ou por falta de um olhar mais minucioso e carinhoso, ou por não aceitar que somos todos diferentes e únicos, mas que podemos nos respeitar.
Aprendi, com a solidão dos meus momentos internos, que deixamos muitos pelo caminho. Alguns por que escolheram assim, outros que eu mesma deixei. E ainda os que ficaram sem perceber, de mansinho. Mas, cada um deixa uma história, uma saudade, um sorriso na lembrança ou um desejo de algum outro abraço futuro.
Aprendi, com as dificuldades, que por mais que a vida tenha a capacidade de exigir, ainda assim, é preciso acreditar no que se quer, ter desejos reais para concretizar, sonhos, independentes do tamanho, para enfeitar as tristezas que por ventura surgir...
E, no final de tudo, aprendi que amor gera amor, que a vida precisa de levezas, que é melhor para o amanhã esquecer o ontem, deixando mágoas e sentimentos gastos pelo uso em algum lugar escondido no passado... Que não importa como todos ou muitos irão me ver e sim como os poucos que me amam, verdadeiramente, irão me acolher.
É preciso plantar para colher. Para ser melhor. E mais feliz!
(cidinha araujo)
CAMINHOS DE SOL
https://www.youtube.com/watch?v=eQB5RbnKHd0
Sem você a vida pode parecer
Um porto além de mim
Coração sangrando
Caminhos de sol no fim
Nada resta mas o fruto que se tem
É o bastante pra querer
Um minuto além
Do que eu possa andar com você
Te amo e o tempo não varreu isso de mim
Por isso estou partido
E tão forte assim
O amor fez parte
De tudo que nos guiou
Na inocência cega
No risco das palavras e até no risco da palavra Amor
Nada resta mas o fruto que se tem
É o bastante pra querer
Um minuto além
Do que eu possa andar com você
Te amo e o tempo não varreu isso de mim
Por isso estou partido
E tão forte assim
O amor fez parte
De tudo que nos guiou
Na inocência cega
No risco das palavras e até no risco da palavra Amor
O amor fez parte
De tudo que nos guiou
Na inocência cega
No risco das palavras e até no risco da palavra Amor
SAUDADE A DOIS
A saudade tem prazo de validade.
Não pode permanecer muito tempo guardada. Não pode permanecer muito tempo não sendo correspondida.
Depois de aberta e fora do convívio, assim como o leite, a saudade azeda. E não há memória refrigerada para conservá-la.
Quando passa da hora, aquela falta ansiosa e comovente é capaz de se tornar ironia e sarcasmo.
O suspiro se transforma em ofensa – nos enxergaremos tolos e burros por confiar cegamente em alguém e esperar à toa. Reclamaremos nossa idiotice por termos feito uma vigília em vão, por termos esquecido de viver.
Já não queremos que o outro volte, já desejamos que ele nunca mais apareça em nossa frente. Violentaremos as lembranças, fecharemos a reza.
A ternura de antes será trocada pela raiva de não ser atendido. Mudaremos a personalidade de nossa conversa, de doce para ácida. Pois o segredo (a saudade é um segredo!) que nos alimentou durante meses não fora respeitado.
Infelizmente, a saudade apodrece.
Quando deixamos de pedir a presença para cobrar a ausência. É sutil o movimento. Toda a atenção dedicada ao longo de um período começa a ser vista como desperdício. Não aconteceu retorno das juras, nem o estorno das expectativas.
Você mandou centenas de mensagens, renunciou saídas com amigos e bares, teve uma vida discreta e fiel, só para honrar uma despedida, e percebeu que, no fim, sempre esteve sozinho na saudade.
Saudade é como o amor. Perece quando não é a dois.
Aliás, quando a saudade não é a dois, deixa de ser saudade para se descobrir solidão.
A saudade é o que guardamos do amor para o futuro. É o que deixamos para amar no futuro.
Nada dói tanto quanto um amor que não vingou após os cuidados do plantio.
Nada dói tanto quanto a saudade que envelhece, uma saudade que definhou pela indiferença, que não foi valorizada pela nossa companhia, que não desembocou em festa.
Nada dói tanto quanto promessas feitas gerando ressentimento.
A saudade não é eterna. Acaba quando percebemos que o amor era da boca para fora, que a urgência era interesse, que a necessidade era falsa.
A saudade é uma esperança de amor. Precisa ser consumida rapidamente, não mais que três meses. Senão, nos consome e nos estraga.
Fabricio Carpinejar
Só ele conheceu...
Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você,...ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.