Existe uma hora na vida que a gente não pode mais protelar algumas situações, mesmo que comodamente “ir vivendo” seja mais agradável
Falo das desistências...
Disse Caio Fernando Abreu: “Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.”
Vamos desistindo de insistir, manter, amar, ter, pertencer, sentir, por N razões. Quando a gente, maduramente, consegue vislumbrar que persistir naquilo que não está certo é, e se tornará um erro, e que continuar só nos trará dor, temos que tomar decisões.
Aprendemos, depois de muita porrada da vida, que a dor é opcional, somos Senhores absolutos de a querer ou a afastar.
O Caio disse que desistir foi seu grande gesto de coragem, acrescento que desistir é meu maior ato de amor para comigo mesma.
“Não Seja Rã
Acabei de receber um texto, cujo autor não me foi esclarecido, contando que ao ser colocada em água quente, a rã pula tanto, buscando se adaptar à altíssima temperatura, que acaba por morrer, não da fervência da água, mas de cansaço por "não conseguir pular fora".
Pobre rã. Sem classe para sair, sem certeza de ficar.
Apenas devemos desistir quando temos uma razão real que nos convença.
Se a situação é um amor retribuído, reiterado e reafirmado pela presença do indivíduo que poderia "pular fora", mas mergulha no seu colo diariamente, não há mais nada a fazer senão aninhar quem você quer bem e que ama você, por isso não desiste, apesar de tudo e todos. A Rã, tadinha, não é amada. O cansaço dela é por falta de amor. Onde há amor, há mútuo consenso e as regras, sejam quais forem, são sempre resguardadas pelos que se tratam como amores-amigos-companheiros-leais!”
Cláudia Dornelles – Alma no Varal
Beijos e carinho, bell